segunda-feira, 16 de junho de 2008

Penso em Sorte

Depois de ficar tão ausente e estremecendo com esse frio pela janela eu acabo pensando em sorte. Falando com duas ou três palavras qualquer rima pra morte ou coisa que valha tanto quanto. E rima pobre.

Se for pra nortear um pensamento pra semana, com certeza vai ser Sorte. O Azar, como entidade, opta por caminho ou outro e vai sugando tudo pra dentro feito buraco negro, e o pior de tudo é que ninguém sabe onde vai acabar... e eu não quero isso pra mim.

Esta noite não consegui dormir, pois deitar e sentir cada músculo se contraindo não uma coisa muito agradável de domingo pra segunda... até engoliria se fosse numa quarta-feira, conhecida mundialmente como o dia em que qualquer merda fora da rotina vira evento. Finalmente me perdendo nos dias, acho que vou tatuar o calendário e ir riscando em vermelho. Aquela cor do sangue, do perigo, da atenção, a mesma cor do amor. Acabei esverdeado em pouco mais de vinte anos e tento pegar um bronze agora de manhã, engraçado né?

Vou precisar de protetor solar.

sábado, 14 de junho de 2008

Há quem diga que o tempo seja medido em segundos.

Porém, também tem gente que diz que se mede em batidas do coração. O tempo clássico, mesmo sendo considerado relativo por ser entendido em diversos pontos de vista, teria sido criado a partir de uma fração de um dia solar. Segundos, minutos, horas, nunca passaram de uma fração de unidade de medida criada a partir de um dia solar, considerando a noite tendo medidas tendo a mesma divisão de intervalo até o sol do dia seguinte.

Levando em conta isso, a noite seria muito bem um tempo medido a partir de uma fração de algo que não está presente, pois se basearam no sol para ter o ponto de partida da unidade de medida. Apenas literalmente ela mede o mesmo (12 horas) sem levarmos em consideração a variação do sol natural a cada linha diferente a partir do equador.

Eu não tenho levado em conta isso tudo. Apesar de ter relógios presentes quase que o tempo todo perto de mim (computador, telefone celular, relógios de rua, de amigos em volta) suas medidas se tornaram uma lembrança à sociedade em volta, e isso me torna diferente e um pouco arredio. Sinceramente, se existem pessoas que não se lembram exatamente do que jantaram na sexta-feira passada, eu não me lembro exatamente do que jantei nesta sexta-feira atual, por estar presente demais. Lembro muito bem da minha sexta passada.
Talvez eu ainda esteja comendo depois de horas, ainda digerindo a primeira garfada. E a digestão começa no corte da comida no prato, amiguinhos.

Me pergunto a cada momento se viver intensamente realmente é passar todas as suas batidas de coração rapidamente ou estender elas em segundos intermináveis. Normalmente as pessoas levam em conta essa infinidade de segundos entre uma batida e outra como uma tortura, algo que não passa, uma espera, mas nem sempre sabem o que estão esperando. Desesperadas pelo que vem pela frente...

Não vou medir mais a vida em dias e horas, vou medir do meu modo, e o tempo vai se acelerar esta semana para estar perto dos meus amigos, quando o dia solar cruzar em ritmo com minhas batidas sinceras e o tempo da noite que não é a-medido. Já estou com todos vocês completando mais um ciclo de existência criado por um ciclo solar que já não considero mais. Quero todos por perto quando completar mais anos solares pois me esforço ao máximo para que eles alcancem meus anos de vida real e de consideração a quem amo.


...não deixem que armadilhas e mata-burros da vida prendam os nossos pés... vivamos nosso tempo no tempo, tendo medo, coragem, sentindo falta e companhia. Ou algum maluco por aí vai contar nossas emoções em anos ou dias, e os idiotas em volta vão engolir.

sexta-feira, 13 de junho de 2008

quatrodoseis

a cidade chove cada gota que não choro.
e se eu sentir vontade de sumir,
que não camaleoue a cada passo!