quinta-feira, 12 de julho de 2007

XV Encontro Internacional de RPG - Saldo

Há muitos anos eu não perco um EIRPG. Na verdade eu não perdi nenhum desde que comecei a ir a mais de uma década (terceiro) e até hoje continuo me divertindo de uma forma ou de outra.

Acontece que as coisas mudam. Eu mudo, as pessoas também e a cara do cenário do RPG nacional também. A 11 anos atrás eu chegaria cedíssimo, me inscreveria em alguma mesa de algum desconhecido e jogaria me divertindo e conhecendo gente. Nem sempre gente legal pra cacete, mas ainda assim vendo novidade. Uma hora isso cansou. Passei a fazer voluntariado em alguns encontros, e isso também cansou. Hoje em dia vou como se fosse pra um grande evento social. E na verdade é o que é mesmo. Jogando, trabalhando ou só conversando com velhos conhecidos continuamos fazendo a nossa parte, interagindo com os outros jogadores e dizendo pro mundo: "Ei, jogamos sim esse jogo esquisito, e ainda estamos aqui. "

Ao invés de ficar rodando feito doido eu me estabilizei no Stand de uma associação chamada LVDVUS CVLTVRALIS, que possui aluns amigos meus como membros, fundadores, etc. Primeiro fiquei lá para dar uma mão, depois pela amizade e também por concordar com alguns pontos que eles defendem pela popularização do RPG e sua aplicação na educação e formação das pessoas.

Mas eu me senti estranho. E velho. Falando sério, a tal invasão anime dentro do RPG veio como um furacão mas já passou, e agora que os remanescentes ficaram como um grupo a mais dentre muitos. Pluralidade sempre foi o forte dentro do hobby, muitos temas sendo abordados. As figuras de sempre estavam por lá.. os nerds velhos, medieval core, góticos, a galera da "geração do meio", meio punk meio nerd, totalmente gamer, e assim por diante. Gente fantasiada, gente fazendo cosplay ou apenas uma gracinha ou outra com cartazes na mão. Antigamente andar com cartazinho de papel na mão era uma coisa rara, tenho algumas fotos dos primeiros em algum lugar aqui em casa (siiim, eu também ajudei a começar essa coisa besta, mas eu era novo, da um tempo).

O que me deixou realmente triste foi a diminuição no número de pessoas presentes. O sábado, que sempre foi o dia mais cheio, parecia um domingo de algum EIRPG de 5 anos atrás. E o domingo parecia um domingão qualquer mesmo, mais vazio e tranquilo. Outra coisa foi o pouco acesso à palestra do convidado internacional Monte Cook, eu não consegui entrar pois estava cheia e era a única oportunidade para ver algo tão bom sobre RPG internacional em anos. Muita gente elogiou.

Outra coisa triste foi o vacilo da Devir não lançar o livro do Monte no EIRPG. Pelo que sabemos ele vai custar CARO e perderam a oportunidade de fazer um lançamento em meio a muita gente que compraria o livro. Cada vez mais sou a favor dos eBooks freeware e jogos amadores, a indústria no Brasil sempre foi fraca e vai cair ainda mais com a informatização.

Terminando o post, o XV EIRPG foi 75%... nota B. No próximo post alguns sites interessantes onde c pode baixar livros de RPG gratuitos e abertos hoje em dia.

cya

quinta-feira, 17 de maio de 2007

Pirataria Sentimental: Três Pessoas, Três Histórias.

Ah como eu gostaria de contar A história que valesse a pena. Só uma só, a principal, a única, a perfeita.

Mas eu não tenho, vou contar só mais um episódio de dia a dia.

Três amigos se reúniram só com a idéia de ficarem por perto, juntos, e, pra variar, começaram a beber umas. Uma, duas, três...
Quando o bar fechou, foram à casa de um deles "só pra continuar na mesma pegada" e acabaram adquirindo quantidades molares de álcool no caminho.

Depois dos devidos tragos em devidas proporções, a idéia de se exporem começou a surgir. Gravando, conversando, espetando, alfinetando, entendendo, cada um deu sua idéia de como era a vida no momento. Assunto de homem junto sempre cai em mulher.

Cada um se comportou como tal. O primeiro, apaixonado, contou todo o sentimento de como era bom gostar de alguém e de como doía isso. "Te amo".

O segundo, abandonado, sempre falava de como era bom e gostaria de ter muito mais. "Eu adorei"

E o terceiro, desiludido, continuava insistindo de que todo o passado era passado e de que tinha fome de futuro. "Uma hora vai dar certo".

De cada ponto em questão, falando de desilução ou da podridão do dia seguinte, o assunto virou amor e se conhecer, e nada mais do que isso. Os três, falando de outros pontos, falavam mesmo era deles mesmos, o velho ego batendo e uma vontade de se abrir pro mundo.

Não importa como você se sinta ou vá se sentir, não seja idiota de pensar que está sendo original.

Afinal, alguém já sentiu isso antes em alguma merda de momento em todos os anos desde que o mundo é mundo. E se resolveu:

Amor pro apaixonado, revival pro abandonado, esperança pro desiludido.

terça-feira, 8 de maio de 2007

Bem vindo, Papa.

Existia um campo de batalha durante a metade do século 20. De um lado, alemães badass com trajes de guerra finamente cortados pelos melhores estilistas "másculos" que o III Reich podia produzir, capacetes em forma de cogumelo ou cabeça de pinto circuncizado. Do outro lado, poloneses tough guys, mais conhecidos como polacos que enchem a cara e sabem realmente brigar, corriam desesperados tomando chumbo na bunda.

Nem todos. Alguns eram machos ou burros o suficiente pra encarar de peito aberto e tomar tiro no peito. Existe uma linha tênue entre o heroísmo e a burrice.

Um deles não correu nem foi de peito aberto. Focalizado por um soldado nazista, ele apenas parou e rezou. O kraut que queria matá-lo parou e ficou olhando a curiosa cena. Titubeou por alguns instantes e perguntou a Deus o que aquilo significava.

É claro que, como em todas as vezes que as pessoas se questionam e perguntam pra Deus, o dito apareceu. E por dito eu quero dizer Deus.

Então Deus falou: Kraut, quer dizer, Soldado! Não mate este polonês!
Então o kraut falou: Por quê, porra? Meter-lhe-ei a baioneta!
Então Deus falou: Não vai matar porra nenhuma, esse polaco aí vai ser Papa um dia!
Então o kraut falou: E por que eu obedereceria com você? Deuzinho meia-foda...
Então Deus falou: Pq você vai ser o seguinte.

Agora este jovem soldado ja está mais velho, usando o top da moda eclesiástica, babados dourados, cinta liga perfumada e um chapéu pontudo pra lá de chicoso.

A tal balada inaugural...

... nunca será feita para este blog. O objetivo dele provém de resultados tristes na sociedade, que é a falta de liberdade de pensamento e informação.

Este espaço se propõe à expressão socialmente condenável e à informação não comum. As pessoas se movem por orgulho, medo, luxúria. Me proponho a me mover por isso e muito mais. A cada passo que dou em direção ao meu objetivo me sinto mais distante dele por simplesmente me questionar se realmente vale a pena, se realmente está certo e também por não me levar tão a sério.

Esse é o principal problema, nunca se leve tão a sério, choomba.

Se está cheio de dúvidas e quer respostas veio ao lugar errado, só posso dar incertezas. Mas cada incerteza...

Após o primeiro passo, a apresentação:

Aqui não pretendo ter nome por ser mais um de vocês, humanos. Mais um estudante no meio de muitos, que pretende morrer estudante. E que já pensou em viver a vida breve e visceral, mas desistiu por ser curioso demais e ter vontade de a cada passo dos seres humanos e da tecnologia assistir MAIS e pq não, tentar ver como tudo vai acabar.